quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Real Sentido do Amor. (Rm. 5. 8)





Quem poderia dedicar-se tanto por alguém ao ponto de sofrer as consequências dos delitos de outro? Quem poderia assumir a culpa por faltas nunca pensadas? O que faria alguém se colocar no lugar de malfeitores, transgressores e toda a sorte de pecadores? A única definição que podemos usar em nosso pobre vocabulário é Amor, mas não um amor qualquer, antes um amor que transcende a esfera humana, um amor que só poderia vir do próprio Deus, um amor que é o próprio Deus. Ele suportou tudo por amor, por ser Ele mesmo o próprio amor. 

Em nossos dias o termo amor “perdeu” seu real sentido, dizemos amar quase tudo que nos faz bem, do qual tiramos algum tipo de proveito, ou esperamos receber algo em troca, por exemplo; dizemos amar um tipo de alimento, mas esse amor é porque tal alimento nos dará uma sensação superior à saciedade, mas muito mais pelo prazer que ela nos proporcionará. Amamos pessoas, mas muitas vezes esse amor está condicionado a um retorno do mesmo. Amamos animais, nossos bens e também a Deus.

A princípio, precisamos afirmar que o amor não se resume a meras palavras ou frases, antes a uma ação já praticada. Amar em seu sentido amplo é ir além do que alguém espera ou merece, já sabendo que este outro não pode corresponder-lhe com a mesma medida atribuída e intensidade. E infelizmente nós seres humanos estamos muito aquém desta realidade. Mas este amor é real, e pode ser sentido, não apenas isso, Ele é tão real que devemos agir como Ele. O termo mais apropriado para ele é a palavra grega ágape, tal termo tem seu significado em; considerar a saúde, a felicidade e o aprimoramento dos outros tão importantes quanto os seus. É o amor dedicado a prover e proteger, a contribuir para a pureza do indivíduo. Ágape é o "dom do amor". Este amor é o amor de Deus que, não precisando de nada, cria por amor criaturas inteiramente simples, a fim de que possa amá-las e aperfeiçoá-las. Esse é o amor de Deus, derramado em nossos corações (Rm. 5. 5).

A melhor maneira de demostrar que entendemos tal amor é vivendo-o. Só o amor de Deus pode permitir que amemos a alguém e a todos sem distinção, ou como diz C. S. Lewis; "amar quem não é naturalmente digno de amor: criminosos, inimigos, mal-humorados, altivos e escarnecedores". Cristo nos chamou para esse nível de amor, quando disse: "Amai os vossos inimigos" (Mateus. 5:44); "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus. 22:39); "Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" (João 15:12). E porque recebemos o amor de Deus, devemos demonstra-lo. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rm 5. 8), não espere ser amado para amar, não espere receber algo para amar, não espere que as pessoas mereçam seu amor para ama-las, não é isso que Deus nos ensinou, amemos, pois; “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. (1 Jo. 4:19)”. Geralmente o amor deixa marcas, e eu conheço alguém que as tem, e todas elas foram verdadeiramente por Amor a você e a mim.


Deus nos abençoe. 

Jônatas Eder

sexta-feira, 26 de maio de 2017

QUALIDADES DO PAI E AS FRAQUEZAS DOS FILHOS


Sempre amei as parábolas de Jesus, com o passar dos anos aprendi a enxergar através delas como que uma pintura, ou uma imagem que me mostram as verdades do Reino de Deus, do seu desejo para o ser humano e do plano da redenção. Entre as mais apaixonantes está a que comumente chamamos da “parábola do filho prodigo”, esta é tremenda e nos conta um pouco da história entre o ser humano perdido e um Deus paciente. Sei que parábolas para serem compreendidas devemos usar o método de conta-las em sua perspectiva dos tempos bíblicos e apenas na aplicação contextualiza-las, mas infelizmente não terei linhas suficiente para isso, mas mesmo assim queria muito repassar a você amigo leitor algo que esta ardendo em meu coração hoje e na seguinte perspectiva;

QUALIDADES DO PAI E AS FRAQUEZAS DOS FILHOS

            Quase sempre a nossa perspectiva desta história é tratar simplesmente o jovem que saiu de casa, até porque Ele despreza tudo e todos, menos os bens do Pai. Mas ambos os filhos demostrar um caráter diferente do Pai, se observarmos as entrelinhas na história veremos ambos sendo EGOÍSTAS, um queria a sua parte da herança com o Pai ainda vivo, o outro na volta deste não queria que seu Pai o aceitasse como filho, pensando na herança e quem sabe em uma nova partilha. Ambos são IMATUROS, um deles acredita que exista uma vida melhor longe do Pai, o outro não vive para o Pai, antes está apenas preocupado em manter as coisas do Pai que na realidade serão dele mais na frente. Ainda veremos que ambos têm um comportamento LEVIANO, um deles gasta com mulheres os bens do Pai, o outro não o respeita ao ponto de seu Pai segura-lo no braço e dizer-lhe; Entre para a festa, e ele não aceita o convite. Teria outras perspectivas para mostrar destes dois jovens, mas gostaria de terminar com a seguinte; AMBOS NÃO CONHECIAM O PAI DE VERDADE.  O primeiro acredita que mesmo voltando para casa no máximo conseguirá um emprego de diarista, sua VIDA INDIGNA o levou ao fundo do poço, mas seu ORGULHO não o fazia enxergar o Pai, apenas seus próprios erros e indignidade. O mais velho é pior, ESTÁ TÃO PERTO, MAS TÃO LONGE. Ao ponto de afirmar que na realidade fazia para o Pai tudo por muitos motivos, menos por amor, chega a dizer que TRABALHA COMO UM ESCRAVO e que seu pai é egoísta demais para dar-lhe um cabrito para ele fazer uma festa. Realmente eles não conheciam seu Pai, nem tão pouco suas grandes qualidades.

            O Evangelho não é uma história sobre filhos, mas sobre um Pai, que embora seus filhos não o compreendam, permanece sendo Pai o tempo todo, suas qualidades são tremendas e chegam a chocar-nos por elas. Não posso descreve-las todas aqui, mais farei um esforço para demostrar as que mais me chamam a atenção. A primeira delas é que O PAI É AMOROSO, Ele espera que seus filhos o amem não pelo que pode dar-lhes, antes pelo que Ele representa, Ele dá a um filho rebelde sua herança quando este ainda está vivo e permiti-lhe ir embora com tudo, mas também fez a partilha para ambos. O Pai é PACIENTE, sabe que lá fora é frio e a fome é uma realidade e que a inexperiência levará o filho a queda, mas Ele continua lhe esperando, O PAI SABE TUDO ao simplesmente enxergar os olhos de seus filhos, em sua presença as palavras são meras “apogiaturas” para usar um termo da música, o Pai não quer enfeites, Ele quer seus filhos. Ele abraça o que está chegando, mas vai em busca do que não quer entrar, imagine a cena, um quer entrar e o outro não, E O PAI BONDOSAMENTE tenta com todos os esforços trazer ambos para perto Dele. E este trabalho Ele faz incansavelmente todos os dias, Ele não se enfada por deixar seus braços sempre abertos.

            Queria convidar você a enxergar sua vida não apenas na sua perspectiva, pare para observa-la do ponto de vista de seu Pai, sei que nossas qualidades são efêmeras diante Dele. Sei que por diversas vezes nos perdemos em nós mesmos, mas quero que saibam que o Pai permanece Pai. Seus atributos permanecem intactos a despeito de nossas falhas e fraquezas, Ele não muda (Ml. 3. 6), nem sombra de uma mera variação existe Nele (Tg. 1. 17), e seu maior desejo, é que seus filhos vivam ao seu lado, o amando pelo que Ele é, e desejando ao máximo viver uma vida que lhe agrade, ao ponto de copiar-lhe suas qualidades para assim verdadeiramente sermos chamados de FILHOS DE DEUS.


Deus nos abençoe, lembre-se; Somos filhos. 

Jônatas Fernandes