quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O cristão e o Halloween




E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. (Ef. 5. 11)

Meu filho pode participar da festa da escola do dia das bruxas?  Infelizmente ainda hoje existem pais que afirma ser cristão e ainda assim perguntam se há problemas em seus filhos participarem desta festa. Mesmo a festa levando o nome de “dia das bruxas”. Há aqueles que dizem: É apenas uma brincadeira, ou, lá eles não vão fazer bruxaria, apenas vão se fantasiar e brincar um pouco, que mal há nisso? Bem, infelizmente não é tão simples assim a realidade do dia das bruxas.

A origem deste dia pode ser contada de diversas maneiras, em minhas pesquisas encontrei diversos relatos que serviram de inspiração para o hoje popular dia das bruxas, o que mais me chamou a atenção, é que em quase todos eles a ideia de comemoração era na realidade parte de um culto, não apenas aos mortos, mas uma maneira de afastar os maus espíritos que no dia 31 de outubro segundo os Celtas estavam soltos para destruírem as vilas e cidades. Para não serem atingidos por tais “pragas” as pessoas não saiam de casa, e se fossem sair, elas deveriam carregar uma tocha e se vestir como seres monstruosos para serem confundidos com os maus espíritos e assim passarem desapercebidos. Outro fato interessante é que eles colocavam em frente à sua casa alimentos como carne e leite para que se os maus espíritos viessem, comecem os alimentos e não destruíssem a família.

Esta festa ou culto, surgiu na Europa e marca o início do inverno “Escuridão”, principalmente nos países mais ao norte aonde a noite chega mais cedo, ela tornou-se mais popular na américa devido a colonização dos ingleses e readaptada a nova realidade. Elementos como aboboras e doces substituíram os conceitos Celtas, mas a intensão ainda assim é a mesma: Fazer uma festa para os maus espíritos não perturbarem.

Bem, uma festa a este tipo de ser por si só já deveria ser rejeitada, mas infelizmente vivemos tempos trabalhosos (2 Tm. 3. 1), tempos de relativização e desprezo a vontade de Deus. Abaixo listarei alguns motivos Bíblicos porque não devemos participar nem por brincadeira desta festa ao maligno.
  • Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? (2 Co. 6. 14).
  • Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. (1 Jo. 1. 6).
  • Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! (Is. 5. 20).
  • Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz. (Ef. 5. 8).
  • E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. (Jo. 3. 19).
  • Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo. 8. 12).
  • Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. (1 Ts. 5. 5).

Ainda teria muitos outros textos que deixam claro nossa nova posição em Cristo Jesus. Não somos das trevas, não podemos aceita-las. Somos filhos da luz. Não podemos brincar com o pecado nem tão pouco com as obras do maligno. Somos luz deste mundo e se não brilharmos, nossa vida Cristã não tem mais sentido. Que Deus nos ajude, e nos guarde, em dias de relativismo moral, cultural e de grande deturpação dos padrões divinos, sejamos como João Batista, denunciemos o pecado e nos afastemos dele. Os filhos de Deus não podem participar de uma festa feita para o diabo e seus amigos.

Jônatas Eder

Teólogo e Cientista da religião 


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

POR QUE?





Por que? Apenas duas palavras, mas talvez as mais ditas por todos os seres humanos. Elas não são meras duvidas, são na realidade a essência da frustração, fracasso, dor e desapontamento. Perguntar “por que”, é mais do que uma necessidade, é muitas vezes sinônimo de: Não era para ser assim, não estou entendendo, será que eu merecia isso? Como sempre digo, nos superestimamos, nos sentimos quase que perfeitos, e se vivemos uma vida religiosa regrada, coerente, coesa e com princípios nos sentimos no direito de não sofrermos. Nos sentimos bons demais para o sofrimento.

O cristianismo é a religião da dor, mas também da Gloria! Embora nossa fé transcenda a existência, nesta vida somos conscientes de que enquanto estivermos aqui nossa vida envolverá todo o tipo de dor possível e as vezes inimaginável. Os grandes homens de Deus passaram por ela para ser quem são hoje. Os profetas, os apóstolos, sem falar do mentor de toda a nossa fé, JESUS!

Sei que o sofrimento não condiz com a nossa realidade porque em essência não fomos feitos para ele, mas ao encontrarmos este mundo caído, arruinado pelo pecado precisamos entender que esta é a realidade para o agora, para o hoje, mas não será a nossa realidade no porvir, não será a nossa realidade na eternidade. Nascemos chorando e ao partirmos sentiremos dores, mas será a última vez que ela terá poder sobre nós, no porvir com Cristo ela não existe!

Por enquanto fiquemos com as palavras do Apostolo Paulo:

Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (Fl. 4:12,13).

Sabe, os porquês terão seus dias findados na Eternidade. Por hora entenda, Deus muitas vezes usará nossa dor como uma escola, tanto para nós, como para aqueles que iremos assistir! Ele sabe que somos pó, seu projeto não é pulverizar-nos, antes nos dá aquilo que Cristo recebeu, mas para o receber antes precisou sofrer. A gloria é para quem aprendeu que sofrer faz parte do processo de glorificação!

Que Deus nos ajude...

Jônatas Eder

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ABRA MÃO DO SEU PROJETO, DEUS TEM UM BEM MELHOR!




Sei que a frase mais parece um clichê de pregador, mas é isso que Deus deseja nos fazer entender hoje. Sei que somos bons em fazer projetos, encontrar saídas e resolver nossas dificuldades como em um estalar de dedos. Por vezes, colocamos nossos projetos embaixo dos braços e saímos em busca dos nossos “sonhos”, lá no fundo do peito o coração que é cheio de Deus nos diz: Ei, por aí não, eu tenho algo melhor, mas infelizmente nem sempre estamos prontos para dizer sim ao Senhor, por isso damos voltas e voltas na vida e as frustrações torna-se fardos pesados que continuamos a levar durante essa jornada breve chamada vida, mas que muitas vezes mais parece uma eternidade.

Pensei hoje em José, sim, o filho de Jacó, neto de Isaque e bisneto do patriarca Abraão. Ele tinha potencial, tinha sonhos de Deus, apoio do seu pai, mas isso não foi suficiente para leva-lo de imediato para o local dos sonhos. Na realidade, uma série de coisas “trágicas” acontecem em sua vida: inveja, irá dos irmãos, vendido como uma mercadoria, dado como morto, levado para ser escravo em um pais distante, e quando as coisas parecem que vão amenizar, uma mulher aparece para lhe tirar a paz e lhe leva literalmente ao fundo do poço, mas a expressão: “Deus era com José” nos mostra que mesmo diante dos dilemas mais difíceis, Deus não nos deixa só.

Mas eis que um dia, um destes dias bem comuns, aparecem por lá dois funcionários do Rei, pessoas de influência, o copeiro e o padeiro, pessoas que trabalhavam exclusivamente para o rei, porem um dos dois havia cometido um crime, e como não havia ainda sido feita toda a perícia para saber qual deles, ambos foram levados para a prisão. Um deles iria sair de lá e voltar ao seu antigo patamar, e depois deles terem sonhos "revelações divinas" sobre a sua vida que foram interpretados por José, nós temos a frase que me levou a escrever esse texto.

Então disse-lhe José: Esta é a sua interpretação: Os três sarmentos são três dias; Dentro ainda de três dias Faraó levantará a tua cabeça, e te restaurará ao teu estado, e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume antigo, quando eras seu copeiro. Porém lembra-te de mim, quando te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa; porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e tampouco aqui nada tenho feito para que me pusessem nesta cova. (Gn. 40:12-15)

Longe de mim criticar o desespero de José, ele está buscando uma maneira de sair do fundo do poço e como disse a princípio, todos nós fazemos isso, mas a forma de sair de lá não era essa, esse era o projeto de José, não o de Deus. Por isso, Deus em sua eterna misericórdia não deixou o copeiro lembrar-se, e José ficou esquecido ainda no poço por mais dois anos. Mas quando o tempo chegou o próprio Deus o tirou de lá, não para voltar para casa como um fantasma ou um morto ressuscitado, antes para o levar ao lugar dos sonhos. Se ele tivesse saído de lá por meio do copeiro no tempo dele, infelizmente esse projeto não o levaria ao lugar que Deus lhe tinha reservado.

É, parece estranho e confuso, mas Deus trabalha além dos nossos projetos, eles são meros rascunhos para sairmos apenas das covas, dos desertos, das cavernas que a vida nos levou, mas o intento de Deus é maior, seu projeto também, e hoje Ele nos alerta: Deixe Comigo, Eu sei bem o que Estou fazendo, no final você vai perceber que estava tudo sendo preparado para o seu próprio bem, mesmo diante de tantas agruras e desespero Deus não te deixou.


Não está dando errado, o caminho para o lugar de Deus é íngreme, mas Ele estará conosco no percurso, creia e seja abençoado com esta Palavra. E aproposito, rasgue seu projeto, coloque-o na gaveta, você não precisa dele, você tem a Deus.


Jônatas Eder

sexta-feira, 29 de março de 2019

AS FERIDAS SÃO MARCAS PARA CHEGAR AO PROPÓSITO...




“O teu servo venceu o leão e o urso, e assim será com este incircunciso filisteu, como se fosse um deles, pois desafiou os exércitos do Deus vivo”. (1 Sm. 17. 36).

Era um dia como qualquer outro, ele saiu muito cedo ainda estava escuro. Uma neblina densa cobria a paisagem, e um vento frio lhe sobreveio, mas lá estava ele diante do aprisco chamando as ovelhas e elas vieram ao seu encontro. Ele como sempre as contou e saiu com elas buscando um lugar aonde elas pudessem descansar e se alimentar, esse é seu grande trabalho, a missão que lhe deram, ele é um pastor de ovelhas.

Durante o dia, enquanto preparava seu alimento ele percebeu um balido diferente, era um som de desespero, eram como gritos de socorro vindos do meio das ovelhas e ficando cada vez mais longe, ele percebeu que seu rebanho estava sendo atacado. Com seus olhos treinados e ouvidos aguçados do deserto ele observou entre as moitas um vulto rápido, era um leão terrível que estava levando uma de suas ovelhas para destruí-la, era apenas uma, mas era sua.

Como um pastor que ama suas ovelhas ele correu ao encontro do devorador, o alcançou e entrou em luta com ele. Com muita força tomou sua ovelha de volta que estava tremula e ainda muito abatida, porem o leão não aceitou e agora mirou o pastor para destruí-lo. O atacou ferozmente, e a batalha foi ferrenha, garras lhe sobrevieram, por certo o feriram, mas ele com destreza “e forças vindas da unção recebida” conseguiu pegar o terrível animal e rasga-lo, levando sua ovelha de volta ao rebanho, estava tudo bem com ela, mas o pastor estava ferido. Quem sabe sua mãe quando o viu chegar lhe perguntou: o que é isso meu filho, aonde você se feriu? A resposta é simples, fui ferido por salvar minha ovelha.

As feridas foram tratadas, o tempo se encarregou de cicatriza-las. Outras feridas foram abertas com o passar do tempo, pois ainda lhe sobreveio um terrível urso, mas essas também cicatrizaram. Tempos depois em um momento de grande afronta vivida por Israel e seu exército muitos se perguntavam: Quem enfrentará esse gigante? Ele se ofereceu e mostrou suas credencias, as batalhas com os animais ferozes e as marcas foram seu currículo, elas lhe credenciaram a enfrentar o gigante e vencê-lo. Tudo fazia parte para sua chegada ao trono.  

Sim amigo, sei que as feridas não são algo que gostamos de ter, elas incomodam e se pudéssemos nos escondíamos dos leões e ursos, mas lembre-se: Elas irão cicatrizar, elas não lhe trarão dores no futuro, mas servirá para que alguém veja o quanto Deus tem sido fiel, elas te levarão para o propósito divino. As marcas são suas credencias para chegar ao local que o próprio Deus determinou, se você tem alguma que ainda está aberta saiba, Deus a fechará, hoje Ele envia seu balsamo, você olhará para elas nos próximos dias não mais como infortúnios, antes como garantia de livramento e do cuidado de Deus.

Que Deus nos abençoe.


Pb. Jônatas Eder